Atualmente, as mulheres não precisam mais viver o trauma da ausência de sua mama.
Logo após a retirada da mama (mastectomia), no mesmo ato cirúrgico, já podemos iniciar a primeira etapa da reconstrução mamária, através da colocação de um expansor de tecidos. Este dispositivo é colocado na região mamária e vai sendo ‘inflado’ com a injeção gradual de soro fisiológico. Deste modo, vamos expandindo a pele remanescente na região mamária operada a fim de permitir a colocação futura de uma prótese de silicone. Esta expansão é necessária devido à falta de pele no local, pois foi retirada na mastectomia.
Assim, a mulher mastectomizada não necessariamente tem que vivenciar todo um pós-operatório, por vezes traumático, de retirada da mama. Ela reage mais positivamente sabendo que o processo de reconstrução de sua mama já se iniciou.
O único senão desta reconstrução imediata é a necessidade da realização de radioterapia pós-operatória. Nestes casos, deve-se aguardar o término da radioterapia para avaliarmos as condições locais da área irradiada para sabermos se ela suporta ou não um processo de expansão.
A boa notícia é que, hoje em dia, com as diversas formas de próteses de silicone para a reconstrução mamária disponíveis no mercado, podemos obter resultados muito bons na mama reconstruída e alcançar altos índices de satisfação em nossos pacientes.
Com o avanço da medicina, o tratamento do câncer de mama passou a apresentar altos índices de cura e nenhuma mulher precisa mais passar o resto de sua vida sentindo-se mutilada.
Até lá, um abraço,
Pedro Faveret