Costumamos dizer entre nós cirurgiões que a cirurgia do nariz ‘não respeita’ erros. De anatomia complexa e composto por estruturas que possuem íntimo contato umas com as outras, qualquer exagero no manejo delas durante o ato cirúrgico pode resultar em uma sequela de difícil tratamento.
O ato cirúrgico propriamente dito pouco mudou ao longo do tempo. As etapas de uma cirurgia de nariz são as mesmas dos últimos 30-40 anos.
Entretanto, o que foi se modificando ao longo dos anos foi o ‘conceito’ relacionado à rinoplastia: antigamente muito se retirava do nariz durante o procedimento. Costumava-se fazer-se uma redução maior da giba óssea do dorso nasal e levantava-se mais a ponta quando comparado ao que se faz atualmente. Hoje em dia muito se fala na utilização de enxertos de cartilagem para melhorar os resultados na ponta nasal, por exemplo. De uma idéia de se ‘retirar’ estruturas do nariz, passamos ao conceito de se ‘colocar’ estruturas (enxertos) no nariz.
Porém, o que não deve mudar é a certeza de que temos que respeitar as estruturas do nariz, evitando grandes mudanças, grandes ‘manobras’ cirúrgicas, muitas delas executadas apenas por uma certa ‘vaidade’ de cirurgiões habilidosos.
Devemos, portanto, respeitar o tamanho, a etnia e as características básicas de cada nariz; trabalharmos com elas e não destruí-las; devemos ter consciência de que o nariz tem que ser funcional, ou seja, o paciente tem que respirar e sabermos filtrar o desejo do paciente daquilo que é possível ser feito, sempre buscando o melhor resultado.Watch Full Movie Online Streaming Online and Download
Dr. Pedro Faveret