Por ano ocorrem mais de 1 milhão de acidentes de queimaduras. E grande parte delas são queimaduras de 2º e 3º graus, mais profundas.
A abordagem inicial de um paciente queimado envolve a lavagem abundante com água corrente, limpeza com substância anti-séptica, retirada de bolhas e de tecido desvitalizado e curativo contensivo com antibiótico tópico. A hidratação tem que ser vigorosa e é preciso monitorizar a diurese.
Deve-se evitar, no atendimento inicial, o desbridamento cirúrgico do tecido desvitalizado já que, alguns dias após a queimadura, temos uma melhor delimitação da profundidade das lesões, o que evita a ressecção de tecido sadio.
A área queimada deve ser avaliada diariamente e tecidos desvitalizados podem, a partir de então, ser desbridados tangencialmente e os curativos refeitos. Com o passar dos dias, caso haja uma evolução favorável da ferida, desenvolve-se um tecido de cicatrização bem vascularizado, chamado de tecido de granulação, que permite a realização de uma enxertia de pele do próprio paciente, a qual acelera a cicatrização da ferida e, conseqüentemente, a alta do paciente. Dependendo da extensão da superfície corporal queimada, toda esta assistência deve ser feita com o paciente internado e pode ser necessária mais de uma cirurgia de enxertia de pele.As queimaduras costumam ser bastante dolorosas e incapacitantes e deixam cicatrizes que permanecem por toda a vida. Portanto, o melhor tratamento para a queimadura é a prevenção.
Até a próxima,
Dr. Pedro Faveret